sexta-feira, 2 de julho de 2010

Saudade de Doer



Olhar o tempo e nada ver.
Procurar o tato e nada ter.
E querer chorar e nada pensar.

Saudade de doer ...
E essa musica lenta que traz você.
É esse toque suave em seu rosto.
É esse olhar que se perde na imensidão.

É sentir-se aí e estar aqui.
É perceber e nada entender.
É ouvir sua voz sem som
Falando em minha alma.

Saudade de doer ...
É querer voar e não poder
É querer findar e não conseguir
É querer ir, mas ter que permanecer
No aqui e agora, nesse momento de dor
Que lateja peito, que rasga alma.

É querer ir para casa, mas onde é nossa casa ?
E porque dessa saudade infinda?
Nada sei ...
Apenas sentir,
Deixar as lágrimas descerem ...
Dormir, acordar ...
Aqui é terra ainda.
Sonhar ...
E esquecer essa saudade de doer de você.

Zelisa Camargo